De repente as coisas não parecem estar tão no controle como
ela pensava e planejava. Por ventura ela cai como consequência de uma rasteira
da vida, mas parece que dessa vez levantar está sendo complicado. Observo ao
longe o quanto ela não entende e não compreende o porquê de continuar no chão,
sem conseguir se reerguer. O mito da fênix parece ser belo, mas na realidade é
cruel. Morrer e se tornar cinzas para ressurgir e começar do zero não é
agradável, nem o necessário. Pra quê morrer quando na vida tudo pode mudar? Ou
que seja um tiro certeiro, pois a morte lenta só degrada a alma. Será que a alma volta junto com a fênix ou é esquecida como cinzas?
Ela vê que tem de
mudar, mas não sabe onde está o erro. Vai levando perguntas sem respostas e
desculpas como soluções de algo que ela sabe bem que só depende dela. E de mais
ninguém... Quando será a hora de voltar a estar no controle?
Muitas questões em
mente, mas as cinzas continuam esquecidas, pouco a pouco sendo levadas junto à
brisa suave que insiste em desloca-las para longe. O relógio passa e a fênix esquece que precisa retornar logo à vida.