terça-feira, 12 de outubro de 2010

O que seria certo, em um mundo onde todas as coisas estão erradas? Ela, por diversas vezes, não soube responder. Imersa em um dilema psicológico, entre o que fazer e o que é certo fazer. Não que essa resposta seja complicada. O complexo somos nós. Ela tem medo das pessoas, e as pessoas têm medo dela. Num jogo de pique-esconde, ela quer se esconder pra sempre. Não há motivos para continuar correndo, se tudo à volta caminha para a desordem. Ela queria parar no tempo, ou voltar no tempo. A nostalgia se faz presente todos os dias. Uma jovem garota, com uma velha nostalgia ao lado. Por vezes, até irônico... Ela sente falta do que nunca vai voltar, das pessoas que nunca serão aquelas que um dia conheceu. Todas mudaram. Ela, por mais que tenha modificado seu semblante e pensamentos, seu mundo metafísico sabe que ainda existe algo oculto dentro de si. Parece estar sozinha, enquanto existem milhões iguais à ela. Todos nós passamos por momentos parecidos. Todas as pessoas querem se esconder só por um momento. Ela queria se esconder de tudo.

Enquanto escrevo, penso que talvez ela possa estar certa. Se não podemos mudar as coisas, então vamos apenas nos ocultar e fingir que não é conosco, que um dia isso mudará. Ao menos não ficaríamos expostos ao caos que nos é proporcionado neste mundo onde a apatia nunca se fez presente. Ou ódio, ou ganância. Nada mais...