quarta-feira, 16 de setembro de 2009


Todos os dias ela acorda um pouco antes do celular despertar, e fica na cama dormindo acordada, pensando se vale a pena sair do quarto no dia de hoje. Ter que levantar, tomar café, ir pro banho, se arrumar, sair de casa, trabalhar, voltar e ver que seu dia já acabou. Será que realmente vale a pena? Pelo sim e pelo não, é melhor se levantar, antes que os ponteiros do relógio se rebelem contra ela. Mas não.. O tempo é seu amigo. Aliás, do que adianta ser inimigo de algo ou alguém que precisamos pra vida inteira?
O protetor de tela do computador do trabalho é um relógio. Tic-tac, 13:29 hs. A torturante visão dos segundos se arrastando.. Ela não se importa, não agora. Carro de som passando na rua, centenas de pessoas, cada uma com sua vida, seus problemas, cada pessoa com seu rumo. Ela tenta não se importar. Quando sai para almoçar, ela tem que lutar contra o ímpeto de subir no primeiro ônibus que passa na rua. Ir pra casa é sua maior vontade boa parte do tempo.

Estar sozinho é normal, mas gostar e saber aproveitara esse momento é uma arte. Ela sabe fazer isso, e muito bem. Ficar com seus pensamentos, construir alguns mais, que passatempo divertido e deprimente. Se ela pudesse, o mundo sabertia do que ela realmente é capaz.



Ela sabe que um dia será recompensada, ou pelo menos espera acreditar nisso.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Como ser feliz
Se você não tem o que quer
Ou faz o que não gosta?

How can we be happy
If it's all about money in this world?

Como ser feliz
Vivendo com medo de morrer
Ao virar cada esquina?

How can we be happy
In a world where guns and bombs
Mean that you control the world?

You will try to find happiness all your life. Actually, happiness is something you'll never have, but you'll always have hope to find it one day. Hope is what keep you alive, isn't it? If you don't have it, what more can you do to keep believing that one day everything it's gonna be alright? Think about it, and keep believing!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009


Ela sabia que um dia tudo iria ser diferente. Com apenas um telefonema toda a sua vida mudou.
Número não reconhecido pela agenda do celular, ligação na hora do almoço (ou seria do jantar? já não se recorda mais), apesar de reclamar e quase desistir, ela atende com um 'alô' um tanto desanimador. Era sua amiga do outro lado da linha. Em menos de cinco minutos, ela desliga o celular e olha pasma para seus pais: segunda eu tenho uma entrevista de emprego.

Segunda-feira, nove horas da manhã, porta da Speak Up Idiomas. Ela está à espera para ser chamada. Nove e quinze da manhã, hora da entrevista. Após vinte minutos de conversa (com alguém que ela previamente conhecia), seu emprego é garantido.
- Volte aqui depois de amanhã - ele diz.
Ao retornar para sua casa, ela para e reflete sobre tudo o que aconteceu em dois dias. Um emprego, isso não é mais uma brincadeira de criança, com suas amigas e irmã. Agora é sério. Primeiro emprego, quem diria. Ela está crescendo
Carteira de trabalho, documentos, contadora, treinamento, tudo tão novo em sua vida. De nove horas da manhã até seis da noite sua cabeça estará ocupada. Recepcionista de um curso de idiomas, digamos que não tanto conhecido. Monotonia. A tarde inteira sem fazer praticamente nada, com duas horas de almoço (que ela tentará diminuir para uma, e sair mais cedo), que maravilha. Ou seria 'que chato'?
Sua única frustração é em relação à academia. Malhar à noite não a agrada, mas sacrifícios são necessários na vida. O amadurecimento vem junto com compromissos e decepções.

Primeiro dia de trabalho: Ela acorda cedo, e pensa que não valerá a pena, que ela não aguentará. Mas quanta preguiça! Levanta quase que obrigada, desce e toma lentamente seu café-da-manhã. Sobe, toma banho ainda pensando se valerá a pena todo o sacrifício. Demora a se arrumar, sai de casa e vai para o trabalho. Tranquilidade, seu patrão é divertido e amigável. Onze horas, hora do almoço. Essa hora é lastimável.. Gastar dinheiro. Ela almoça um sanduíche natural e compra uma barra de cereal para o lanche.
- Será meu almoço todos os dias - Ela diz em voz baixa
Agora falta uma hora e meia. O que fazer? Nada, por enquanto. Regressa ao trabalho, após um tempo.
Na hora da saída, ela vai para o ponto de ônibus e espera uma hora e quarenta por uma condução razoavelmente humana (as outras estavam lotadas em demasia). Ela pensou em desistir da academia. Não, ela não vai desistir. Chega em casa nove e meia da noite, janta e dorme.
Assim será seu dia, a partir de agora.