quinta-feira, 30 de julho de 2009


Ela acordou, abriu os olhos e pensou que não queria se levantar. Dormiu por mais duas horas. O celular começa a tocar, ela olha pro lado, pedindo por favor que parasse. Olhando o visor, vê que é sua mãe ligado e olha as horas: meio dia, hora de levantar. Sentou na cama e percebeu o quanto seu corpo doía por causa da academia a semana inteira. O que ela mais queria era voltar pra cama. Desceu as escadas, foi pra cozinha, abriu a geladeira e pensou no que faria para o almoço. Preparou algo rápido, sem gosto, com muito sal, realmente hoje não era um dia para cozinhar. O celular toca de novo, sua vontade é de jogá-lo na parede. Tentando fazer uma voz agradável, ela conversa com sua mãe. Após delisgar o telefone, ela fechou os olhos e pensou que não queria sair de casa, não hoje. Sobe as escadas, troca de roupa, coloca sua vestimenta de academia, prepara a marmita da sua mãe, e num último suspiro de força, sai de casa.
Na academia, pulou as abdominais, não estava com humor para isso, e fez sua série de exercícios. Voltou para casa embaixo de chuva, tomou um banho, e ficou pensando em cada músculo seu que doía demais. 'Até quando eu sentirei essas dores insanas?', pensou ela. Sua vontade é de deitar e não sair mais da cama. As dores são consequência de um esforço que terá uma recompensa no fim. Ela sabe disso.. Ela sabe.

terça-feira, 28 de julho de 2009


chamas que queimam meu corpo
marcas que nunca sairão
lembro-me de todos os dias
todas as vozes

calo-me perante os gritos
meu sussuro é esquecido
dentro da minha própria solidão
mergulho num vazio sem fim
contradigo todos
só minha lei é válida

a lei da dor
do ódio e do rancor
não pensei que fosse chegar a tal ponto
mas agora é tarde
minha fraca respiração
já não me importa
e tudo teve um fim...
o meu fim..

domingo, 26 de julho de 2009

Se todos os dias as pessoas pensassem de uma forma diferente, agissem de forma diferente... diferente dessa forma regrada que a sociedade impõe em nós, acho que a vida seria mais divertida. Bom, seria se o ser humano não tivesse essa mente doente e masoquista. A depressão nos deixa de uma forma frágil, debilitada. Pensamos que tudo é em vão, que a vida não tem fundamento. Mas sertá que cortar o mal pela raíz vale a pena?

sexta-feira, 24 de julho de 2009



E se todas as vezes ela tivesse desistido, quando falaram que não havia mais jeito, que ela era fraca demais para isso? E se a pessoa que mais deveria apoiá-la, falasse palavras que a desencorajasse? Ainda assim, ela teria desistido? Não. Pode ter demorado muito, mas ela acordou, viu que não poderia depender de ninguém, que sua vida só mudaria, se ELA mudasse junto. Uma coisa depende da outra, uma ação em mente, necessita de um corpo para realizá-la. E antes, ela só tinha a mente trabalhando em planos surreais, o corpo permanecia inerte, esperando um simples movimento de mudança, que nunca chegava. Se ela não agarrar a chance agora, será apenas mais uma vez que desistiu, mais um momento perdido. Não, ela não quer isso mais. Sua auto-estima está jogada no lixo, junto com seus planos e metas. Ela quer recuperá-los, ela VAI recuperá-los.