domingo, 10 de janeiro de 2010


Por muitos dias pensei que tudo tinha acabado. Inúmeras vezes minha esperança foi massacrada, e por mais que tudo me levasse a crer que nada poderia ser feito, no meu último lamento, a amizade veio falar mais alto. Sabe, ela às vezes vem ao meu ouvido me dizer que isso acontece mesmo. Ela sussurrou que os sentimentos são os mesmos, e que cada um vai pra um lado, mas em algum momento os caminhos se encontram. E sempre se encontram. É o que acontece conosco. Deixarei de viver a infância e passarei a viver a verdade. Não moramos uma ao lado da outra. Não nos vemos todos os dias. Sinto falta de tudo, mas não é motivo para achar que o esgotamento fraternal veio à tona. Sinto muito por todas as vezes que duvidei calada. Ao comparar-te com outras amizades, a desconfiança me possuiu. Cada um tem seu jeito, cada qual com sua maneira. Não vivemos juntas a tão chamada melhor época da vida, mas tenho certeza de que vivemos grudadas o período da inocência, que é o mais belo de todos.
Deixo aqui meu perdão. Não sei o motivo de não estarmos nos falando, mas sei que ainda te amo com a mesma intensidade que sempre amei. De fato, algumas ações me fazem pensar o contrário. Nos desentendemos muitas vezes em silêncio. Saberei um dia lidar com seu jeito, assim como você saberá com o meu.
Até lá, espero que não joguemos fora os 13 anos de história. Uma das mais belas de todas.
Não é uma despedida, é um pedido de desculpas. Por quantas vezes chorei calada à noite, lembrando de como éramos, e em que nos tornamos. Ficamos frias uma com a outra, não acha!? Por quê? Pergunto-me todos os dias o motivo que me leva a pensar que você não se importa. Minha vida inteira foi ao seu lado, não quero que isso acabe nunca. E por mim, tudo pode mudar, tudo vai mudar.
Eu te amo, Laura Val.

- Renata Gomes
16:22 (10/01/2010)

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